A recente canonização de Tereza de Calcutá, fundadora das Missionárias da Caridade, mostrou que o mundo continua sendo iluminado por tantos missionários homens e mulheres, famílias, jovens e crianças que respondem ao chamado para servir à humanidade, especialmente aos que mais sofrem e os que estão distantes de Deus.

Em uma sociedade onde se valoriza o poder e a posse, há pessoas apostando viver a comunhão dos bens, a exemplo dos primeiros cristãos que possuíam tudo em comum”. Num contexto de fortes estímulos sexuais, há pessoas que escolheram livremente uma vida disciplinada, em comunhão fraterna, onde os corações têm sede de virgindade. Diante dos conflitos de autoridade, há aqueles que decidiram aceitar ir para qualquer lugar ou assumir qualquer trabalho, desde dormir com os pobres nas ruas de uma metrópole como São Paulo, ir ajudar a reconstruir um país desolado pelas guerras ou animar grupos de oração e estudos bíblicos em comunidades urbanas onde reina a violência e até mesmo em condomínios de alto padrão.

Os missionários de hoje continuam sendo espontâneos, dóceis e fortes. Esquecendo-se de si mesmos, comprometem-se até as últimas consequências. Amam além das palavras por sonhar em deixar a marca de Deus na História e fazer a diferença na Igreja para restituir a muitos o encanto pela vida e pela fé.

Na visão de São João Paulo II, esses novos missionários são “portadores dos ideais que fazem caminho na História” através da “sede de liberdade, reconhecimento do valor incomensurável da pessoa, necessidade de autenticidade e transparência, novo conceito e estilo de reciprocidade nas relações entre homem e mulher, procura sincera e apaixonada de um mundo mais justo, solidário e unido, abertura e diálogo com todos, empenho a favor da paz”.

Celebrando o mês das Missões somos chamados a refletir sobre a vocação missionária que recebemos no Batismo. Em que nível, pessoalmente e como Igreja, estamos respondendo a esse chamado?

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