Pedro perguntou a Jesus: “Senhor, quantas vezes devo perdoar, se meu irmão pecar contra mim? Até sete vezes? Jesus respondeu: ‘Não lhe digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete’” (cf. Mt 18,21- 22). Sim, com essa louca exigência da reconciliação, que parecia escandalosa no pós-guerra, foi que começou, há 70 anos, a atual Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre.

O Padre Werenfried van Straaten estava convencido de que o amor de Deus é mais poderoso do que a ofensa e a amargura do homem. Um amor desinteressado, humilde e poderoso, que pode mover as montanhas. Quantas vezes, nessas sete décadas, nossa Obra enfrentou amargos sofrimentos! Mas também testemunhou milagres do amor nas mesmas proporções. E durante este ano queremos narrar muitas coisas a respeito disso. Mas, no iní- cio do jubileu, queremos confessar sinceramente em nome de todos os nossos colaboradores: “Somos servos inúteis e só fizemos o que devíamos fazer.” Quem pode dizer que fez tudo o que poderia ter feito? Mas, apesar da nossa limitação, acreditamos no amor de Deus, com o qual podemos mudar o mundo. Isso por si só já é a recompensa do servo. No fim das contas, o que vale não é a erradicação da miséria, mas o amor ao extremo, como o infinito amor do Senhor.

Um dia, um jornalista falou à Madre Teresa de Calcutá, em tom de provocação: “A senhora está agora com 70 anos de idade. Quando morrer, o mundo vai continuar do mesmo jeito de antes. O que é que terá mudado, depois de um esforço tão grande como o seu?” Com toda paciência, ela respondeu: “Sabe que eu nunca pensei que eu pudesse ser capaz de mudar o mundo. Eu estava apenas tentando ser uma gota de água pura, na qual o amor de Deus pudesse se refletir. O senhor acha que isso é pouco?” Depois, Madre Teresa voltou-se novamente para o repórter e disse: “Por que não tenta, também o senhor, ser uma gota de água pura? Então já seríamos dois”.

Caros amigos, vocês já se comprometeram com a Ajuda à Igreja que Sofre ao longo de todos esses anos e nunca nos abandonaram. No início do ano de 2017 queremos renovar o nosso contrato com Cristo por outros setenta anos, junto com vocês.

Pe. Martin M. Barta
Assistente Eclesiástico Internacional

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