Há palavras estranhas nos dias de hoje. Uma delas é “escravidão”. Para centenas de jovens que vivem na região norte do Sudão do Sul, a escravidão é uma triste condição de suas vidas depois de terem caído nas mãos de pessoas sem escrúpulos, que fazem negócio com a fraqueza dos outros.

O Sudão do Norte, país governado por uma ditadura islâmica, é quase sempre uma armadilha para as pobres famílias cristãs. Muitas vezes, grupos armados atacam apenas com o objetivo de raptarem os jovens para venderem no mercado de escravos.

Padre Aurélio Fernandez há muito tempo tem a missão de resgatar o maior número possível destes condenados a uma vida de escravidão. Uma das jovens resgatadas é Adut. Pe. Aurélio a encontrou no meio de um grupo de outros que foram sequestrados, também condenados a uma vida de escravidão. Estavam ali, à espera de um comprador. Adut tinha as pernas ensanguentadas e infeccionadas. Pe. Aurélio perguntou quanto custava. A resposta veio fria e seca: “Ninguém compra um animal em mau estado”.

Por estar em “mau estado”, o Pe. Aurélio conseguiu resgatar o grupo todo por um valor baixo. Hoje estão todos em liberdade e reaprendendo a viver literalmente sem grilhões. Mas o Pe. Aurélio nunca mais vai esquecer a história da jovem Adut que encontrou, sentada no chão, na areia, no calor, junto de outras tantas crianças, todas com marcas de cordas nos pulsos. Adut vivia na sua aldeia quando houve um desentendimento dos militares sudaneses. Todos fugiram. Adut também. Mas não foi longe. Um soldado, a cavalo, a viu, foi ao seu encalço, lançou-lhe uma corda e a arrastou pelo chão durante vários quilômetros. Depois, como se não bastasse, a estuprou. Era apenas “um animal em mau estado”, teria pensado.

Pe. Aurélio chegou a tempo de evitar que algo pior acontecesse. E, mesmo Adut estando muito ferida e psicologicamente afetada, o padre a tranquilizou, dizendo que nunca mais iriam lhe fazer mal.

Aurélio é um dos padres auxiliados pela ACN no Sudão do Sul. Consequentemente foi a sua generosidade que contribuiu para o resgate de Adut e dos outros. Você possibilitou uma nova vida para quem a morte seria um alívio. Em nome destes, muito obrigado.

Esta é apenas a matéria de capa do Eco do Amor em referência.

Você pode baixar o Informativo na íntegra nas informações adicionais abaixo

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Um comentário

  1. Cláudia Rangel de Almeida 14 de maio de 2016 at 18:52 - Responder

    O que posso fazer para ajudar esse menininho com es esse choro tão profundo que dói até na alma!
    Já ajudo financeiramente .Mas eu queria na verdade,adota-lo.Quero enxugar essa lágrima .tão doida!

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