Fundação Pontifícia ACN
A Fundação Pontifícia ACN é também conhecida no Brasil como ‘Ajuda à Igreja que Sofre’, AIS ou até mesmo por seu antigo nome em alemão, Kirche in Not. A sigla atual, adotada mundialmente em 2016, vem do inglês, Aid to the Church in Need. O nome ACN reflete sua missão: apoiar projetos da Igreja de cunho pastoral em locais onde a Igreja sobrevive em extrema necessidade ou é perseguida.
Linha do tempo
Alguns dos principais acontecimentos na história da ACN
Motivado pelo apelo de reconciliação e solidariedade do Papa Pio XII, o padre premonstratense Werenfried van Straaten escreve um artigo desafiador no Natal de 1947. Logo em seguida começa a organizar – a partir da Bélgica – ações de solidariedade em favor da população necessitada da Alemanha e dos muitos desalojados no pós II Guerra Mundial.
Nesse ano teve início a campanha ‘Caminhões Capelas’: caminhões e ônibus usados que foram doados para a causa e convertidos em verdadeiras “igrejas de rodas”. Dessa forma, muitos vilarejos destruídos receberam alimento físico e espiritual.
Ano de fundação da Ordem Internacional dos Construtores, cujo principal objetivo foi a de (re)construir “Igrejas para Deus e casas para os pobres”.
Em uma visita aos campos de refugiados da Ásia, Padre Werenfried se encontrou com Madre Teresa em Calcutá, Índia. Pouco tempo após esse encontro, a ajuda coordenada pelo Padre Werenfried chegava também à China, Vietnã e outros países da Ásia.
Padre Werenfried é convidado a participar do Concílio Vaticano II em Roma onde encontrou-se com 60 bispos dos países da ‘Cortina de Ferro’ que recebiam ajuda direta ou indireta da ACN. Foi também nesta ocasião que o Papa João XXIII pede para que o auxilio da ACN chegue também à Igreja na América Latina.
Um dos mais conhecidos benfeitores da ACN e leitor do ‘Eco do Amor’ foi o Cardeal Giovanni Montini de Milão, mais tarde Papa Paulo VI. Em uma carta ao Padre Werenfried ele escreveu: “Agradeço-lhe o ‘Eco do Amor’ com que o senhor me quis honrar de uma forma tão amável. Verifico com alegria que a sua Obra tão benemérita também persiste na sua atividade. Envio-lhe em anexo a minha modesta contribuição, que infelizmente não pode ser maior devido as muitas e grandes necessidades da minha diocese. Acrescento ainda os meus melhores votos e prometo-lhe a minha oração particular ao Senhor, para pedir consolo e abundância de ajuda espiritual para a sua Obra.” Foi sob o papado de Paulo VI, que a ACN é formalmente reconhecida por Roma e colocada sob a jurisdição direta da Santa Sé.
ACN é consagrada a Nossa Senhora de Fátima e, no ano seguinte (1967), é realizada uma grande peregrinação internacional para celebrar o 50º aniversário das aparições.
A ACN publica a primeira edição da “Bíblia da Criança – Deus fala aos Seus Filhos”. Desde então, foram impressos, ao todo, mais de 51 milhões de exemplares em 191 línguas da famosa “Bíblia da capa vermelha”.
O Papa João Paulo II confirmou o reconhecimento jurídico da ACN feito em 1964 e elevou a Organização ao estatuto de Associação Pública e Universal de Direito Pontifício.
A ACN chega em solo brasileiro, inaugurando uma sede na cidade de São Paulo. Além da ajuda à Igreja no Brasil que remonta a década de 1960, agora a ACN também tem a missão de informar as necessidades e perseguições da Igreja pelo mundo, pedir orações por estas situações e apelar à generosidade dos brasileiros que possam ajudar a mudar tais cenários de dor pelo amor.
O Padre Werenfried van Straaten, fundador da ACN, morre em 31 de janeiro, aos 90 anos de idade, em sua casa em Bad Soden, Alemanha.
O Papa Bento XVI (também benfeitor da ACN enquanto Cardeal Ratzinger) eleva a ACN à Fundação Pontifícia. A sede da Fundação passa a ser no Estado do Vaticano, estando sob jurisdição do Dicastério para o Clero.
Foto: um dos ‘Caminhões Capelas’ – utilizado na década de 1950 na ainda destruída Alemanha, para levar alimento e a presença da Igreja por meios dos seus sacramentos.
Incomodei a consciência tranquila dos bons cidadãos do Reino de Deus, que consideram a Igreja um “refúgio”, onde podem viver para salvar a própria alma sem se preocupar com o próximo. Desmascarei a falsa piedade deles, que restringe o amor exclusivamente a Deus e negligência o próximo.
Fiz da ACN uma escola do amor, no qual aprendemos juntos a ajudar os pobres e a nos tornarmos nós mesmos melhores, pessoas melhores que demonstram o amor a Deus por meio da assistência ao próximo, em quem Deus se esconde.
Padre Werenfried van Straaten